2 resultados para Cervical neoplasms

em Repositório do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE - Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Portugal


Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

OBJECTIVES: Develop recommendations for women's health issues and family planning in systemic lupus erythematosus (SLE) and/or antiphospholipid syndrome (APS). METHODS: Systematic review of evidence followed by modified Delphi method to compile questions, elicit expert opinions and reach consensus. RESULTS: Family planning should be discussed as early as possible after diagnosis. Most women can have successful pregnancies and measures can be taken to reduce the risks of adverse maternal or fetal outcomes. Risk stratification includes disease activity, autoantibody profile, previous vascular and pregnancy morbidity, hypertension and the use of drugs (emphasis on benefits from hydroxychloroquine and antiplatelets/anticoagulants). Hormonal contraception and menopause replacement therapy can be used in patients with stable/inactive disease and low risk of thrombosis. Fertility preservation with gonadotropin-releasing hormone analogues should be considered prior to the use of alkylating agents. Assisted reproduction techniques can be safely used in patients with stable/inactive disease; patients with positive antiphospholipid antibodies/APS should receive anticoagulation and/or low-dose aspirin. Assessment of disease activity, renal function and serological markers is important for diagnosing disease flares and monitoring for obstetrical adverse outcomes. Fetal monitoring includes Doppler ultrasonography and fetal biometry, particularly in the third trimester, to screen for placental insufficiency and small for gestational age fetuses. Screening for gynaecological malignancies is similar to the general population, with increased vigilance for cervical premalignant lesions if exposed to immunosuppressive drugs. Human papillomavirus immunisation can be used in women with stable/inactive disease. CONCLUSIONS: Recommendations for women's health issues in SLE and/or APS were developed using an evidence-based approach followed by expert consensus.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Introdução: A neurofibromatose tipo I (NF1), também designada doença de Von Recklinghausen, é causada por uma anormalidade no cromossoma 17, de transmissão autossómica dominante, responsável pela produção deficiente de neurofibromina. Caracteriza-se por displasia nos tecidos mesodérmicos e neuroectodérmicos, e tem uma incidência de um para 2.500-3.300 nascimentos. A presença de manchas café-au-lait, neurofibromas cutâneos e hamartomas da íris são sinais cardinais da doença. Primeiramente descrita por Ruebi em 1945, a patologia vascular é uma complicação subestimada e pouco reconhecida na NF1. A ocorrência de hemorragia fatal ou quase fatal está reportada ocasionalmente nas cavidades pleural, abdominal, retroperitoneu, tecidos moles do tronco e extremidades. Esta hemorragia massiva é causada pela rutura de vasos sanguíneos friáveis, característicos pelos níveis reduzidos de neurofibromina e consequente proliferação endotelial e de músculo liso nas artérias e veias. Uma das consequências clínicas mais sérias descritas na NF1 é a ocorrência de hemorragia severa e dificuldade em alcançar controlo hemostático. Objetivo: Exposição de caso clínico de extenso hematoma cervical e hemotórax espontâneos por rutura troncos venosos braquiocefálico, veia subclávia e junção subclávio-jugular em doente com NF1. Caso clínico: Relata-se caso clínico de mulher de 51 anos, com antecedentes conhecidos de NF1 e hipertensão arterial. Foi admitida no serviço de urgência em choque hipovolémico hemorrágico, no contexto de dor súbita no ombro direito e volumosa tumefação cervical direita. Em angioTC foi objetivado volumoso hematoma, envolvendo a região cervical direita, a região retrofaríngea-prevertebral, escavado supraclavicular direito, mediastino, associando a importante hemotórax direito. Procedeu-se a abordagem supraclavicular com drenagem do hematoma e identificação de fontes hemorrágicas, nomeadamente: tronco venoso braquicefálico, veia subclávia e confluência subclávio-jugular. Foi necessária secção da clavícula para controlo hemorrágico e realização de rafias dos troncos venosos com prolene. Intraoperatoriamente, foi evidente a fragilidade e friabilidade excessiva dos vasos sanguíneos. Após controlo hemorrágico, foi realizada videotoracoscopia para drenagem de hemotórax e evacuação de coágulos, confirmando-se a ausência de hemorragia ativa. No pós-operatório a doente recuperou estabilidade hemodinâmica, sem evidência analítica de queda de hemoglobina. Realizou-se angioTC, onde se confirmou franca melhoria do hematoma cervical direito e retrofaríngeo em critérios quantitativos, e ausência de extravasamento de contraste. Objetivou-se adicionalmente aneurismas acular da artéria vertebral direita, corrigido ulteriormente através de embolização com coils. Conclusão: A NF1 é uma doença genética que raramente se pode associar a hemorragia life- -threatening. A vasculopatia é uma complicação subestimada e pouco reconhecida na NF1. A existência de friabilidade vascular excessiva com consequente hemorragia espontânea na NF1 é rara e pode ser fatal, exigindo um diagnóstico rápido e tratamento atempado.